Lost, como tudo começou…

Não é segredo que a Lost se consolidou como uma das maiores marcas de surf, sendo conhecida por fazer a melhor prancha de surf do mundo. O que as pessoas não sabem é que a Lost começou com um grupo de amigos que queria apenas curtir a vida e viver sem regras nem padrões. 

Em 1985 Matt Biolos, Shaper e fundador da Lost, e seus amigos eram jovens vivendo a vida normalmente, fazendo snowboarding em Mt.Baldy, andando de skate em Pipeline e surfando em Dana Point. Eles se intitulavam “team lost”  e espalharam seu “logo” por todos os lugares, livros, mesas, camisetas etc. A crew não se interessava por campeonatos, eram surfistas, skatistas, e snowboarders que viviam o esporte em sua essência, não eram atletas.

Em 1997 Matt se formou na escola e seu primeiro trabalho foi como lixador em duas fábricas de pranchas na Califórnia, neste ano ele fez suas primeiras pranchas de surf e as intitulou Ratz Ass e “I don’t give a…”( eu não dou a mínima). Como ainda era amador, Matt vendeu apenas 20 pranchas nesse ano, então começou a ganhar dinheiro customizando com suas artes as pranchas de outros surfistas, que sempre eram assinada com o famoso “team…Lost” e Mayhem, nome de sua banda de punk Rock da época de escola que futuramente se tornaria sua assinatura oficial como Shaper. Suas artes e os modelos de pranchas que desenvolvia começaram a chamar a atenção de grandes nomes do Surf, como Christian Fletcher e Matt Archbold. 

No início dos anos 90, Matt Biolos tirou a sorte grande quando Christian Fletcher, um dos surfistas mais expressivos da época, estampou a capa da revista Surfing dando um aéreo com uma de suas pranchas. Capa que trouxe a Matt o título de “shaper da década de 90” em enquete realizada pela revista.

Devido ao enorme sucesso de suas artes e incentivos de seus amigos Matt começou a estampar camisetas e outras peças de roupa com o logo Lost. Em 1992 seu companheiro de quarto da faculdade e futuro sócio, Mike Reola, começou a ajudá-lo na parte comercial. Matt começou a Lost silkando peças na garagem de seu pai, tinha pouco ou quase nada de dinheiro, mas com a ajuda de seus amigos e familiares as coisas começaram a acontecer.

Matt idealizava a marca como uma forma de vida, queria formar equipes de surf, skate e snowboard que tinham a essência do esporte e ideologia da marca, não que buscassem resultados em competições. Ele e a Lost crew começaram a produzir vídeos como uma brincadeira, só não imaginavam que esses filmes revolucionariam a forma de ver o surf. Em 1993, a Lost produziu o vídeo “Momentum 3” que apresentou as equipes de surf, skate e snowboard, juntamente com todos que pertenciam a lost crew, vídeo que foi renomeado “Dysfunctional” e finalizado por Taylor Steele. O filme que, assim como tudo na Lost, foi feito na brincadeira como uma tiração de onda, acabou abrindo portas para novas oportunidades. Devido à sua popularidade, em 1995 a Lost produziu seu primeiro filme real “What’s Really Goin’ On”, que marcou o início do sucesso que a marca viria a ter. 

Foi em 1999 que Joel Cooper, empresário com experiência no ramo de surfwear, abraçou o projeto de Matt Biolos. Joel acreditou na marca criada por um bando de “moleques” e confiou no sucesso do que ela pregava. Os dois se tornaram sócios e Joel passou a construir de forma agressiva a distribuição internacional da marca e o sistema de licenciamento ao redor do mundo. A Lost chegou ao Brasil em 2000. Mantendo as diretrizes e tradições da marca lá fora, apostou em nomes de peso que tivessem sinergia com a sua essência. Alex Ribeiro, Dávio Figueiredo, Wesley Santos, Herbert Moreno, Pedro Scooby, Igor Morais, Eric de Souza e Yuri Castro foram alguns dos surfistas brasileiros que a Lost já patrocinou.

“Criamos a Lost porque queríamos viver nossa própria vida, criar nossos próprios sonhos e ser os mestres do nosso universo. Não queríamos trabalhar para os engravatados […] tudo isso soava insignificante. Queríamos entregar um sonho, surfar, curtir e viver bons momentos.”

-matt biolos

A Lost chama muito a atenção do mercado com sua personalidade, irreverência e criatividade, sempre indo de contramão ao que se espera de uma marca de surf, se consolidou como umas das maiores e mais populares. Até hoje é a única marca no mercado do surf a ser formada por sócios que tem o claro objetivo de preservar a marca e seus valores como eles são, longe das regras e dos padrões.

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